terça-feira, 6 de novembro de 2012

Lavrenses Ilustres

             Cristina Couto

                                          
                                                                   Boqueirão de Lavras

               Desde sua origem, Lavras da Mangabeira foi uma pequena cidade de grandes homens e mulheres que levaram o nome da Princesa do Salgado a terras mais distantes, ficando, assim, famosa e conhecida como “celeiro de intelectuais”.

             Essa característica emprestou à nossa terra projeção e magnitude. Lavras do nosso tempo, contudo, não acompanhou o ritmo dos seus filhos ilustres; infelizmente, nosso torrão perdeu o bonde da história.

              No afã de colocar Lavras da Mangabeira outra vez nos trilhos da intelectualidade, e nos trilhos da sua tradição, registra no seu livro – Lavrenses Ilustres – os nomes dos seus nobres conterrâneos, biografando, inclusive, aqueles que perderam sua identificação com o lugar em que nasceram.

             Em Lavrenses Ilustres (Fortaleza: Editora RDS, 2012), Dimas apresenta-nos as biografias de conterrâneos que, assim como ele, nasceram na velha Princesa do Salgado, o rio que não só fertilizou o solo lavrense, mas as mentes e os corações dos seus rebentos ilustres.

            Com a sua rara capacidade de congregar os filhos da nossa tão amada Lavras, lança-nos o autor um desafio: em lugar de segregar ou diferenciar uns em relação aos outros, ele trata de valorizar o talento de cada com sua capacidade de exercê-lo.

            Sensível e brilhante, como de hábito, Dimas faz desse seu livro Lavrenses Ilustres um marco de dois sentimentos: o amor incondicional à sua terra natal e o revigoramento dos seus conterrâneos esquecidos, ou mesmo desconhecidos pelos próprios lavrenses.

            Critico literário, poeta, jurista, ensaísta, historiador e professor da Universidade Federal do Ceará, Dimas é autor de diversos livros publicados, dentre os quais se destacam: A Distância de Todas as Coisas (1980); A Metáfora do Sol (1989); Política e Constituição (2003); Sintaxe do Desejo (2006); e A Brisa do Salgado (2011), este último uma verdeira declaração de amor a Lavras,

             Obrigada, querido amigo Dimas, por seres o que és: um autêntico lavrense, filho de seu Zito Lobo e da corajosa Dona Eliete Macedo; e por trazeres à Princesa do Salgado este brado de alerta vigoroso e político, reavivando os sentimentos lavrenses e nos devolvendo a memória de um povo, que talvez tenha perdido, mesmo, as suas referências.

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