sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O Boqueirão de Dimas Macedo



                     Rosa Firmo             
 

             O Boqueirão de Lavras, intrépido e misterioso, nos deixa intrigante perante o espetáculo esplendoroso de sua beleza invulgar. Certamente traz na sua rocha, tecida pelo viés do tempo, sedução para o poeta Dimas Macedo. E é nessa teia urdida pelos laços da infância que ele nos prende com seu cantar poético. Estou, caro amigo, encantada com seu belo poema Boqueirão.

          Acompanho, escuto, divulgo sua palavra, nas oportunidades que me são concedidas; estendo também essa rede de radiação entre outros caminhos para iluminar o seu poema que arrebata e comove.

          A força anímica tece a teia dos seus versos, traz distantes vozes da infância; a íntima pureza de menino de Lavras da Mangabeira, hoje poeta de grande expressão. Não se engane, meu poeta, o seu voo modesto é visível, embalado na correnteza dos sonhos de criança; apelo interior alimentado pela luz que se ilumina na verdade. Você é também o poeta do rio, dos ritos e segredos da poesia e é salto das pilastras na garganta do Boqueirão.

            Sua poesia de amor à sua terra e à natureza e sensível ao canto das águas, é fruto maduro, esplendor na nossa terra que é também de Sinhá d’Amora, Batista de Lima, Melquíades Pinto Paiva, entre outras personalidades. Sua poesia é nativista, porque preserva a valorização da nossa cultura. 

            Sou sua conterrânea, amiga e admiradora da sua poesia e duplico a esperança na sua alma, modesta, de ser humano íntegro. Confio em sua continuidade afetiva dos bens humanos. Você, Dimas Macedo, é ritmo constante pelo bem universal, pela permanência da memória afetiva de nossa terra.

               Dimas Macedo, minha palavra não é só de reconhecimento e elogio pelo que você representa. É de entendimento pelo seu valor cultural que lega a Lavras da Mangabeira.  Reafirmo minha gratidão pelos gestos generosos que me são dispensados em diversos momentos, bem como aos demais que lhe cercam. Amigo, falta-me argúcia e arte para falar do brilho e encanto dos seus poemas.

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