sábado, 6 de dezembro de 2014

Os Augustos


          Dimas Macedo
  


 

           Lavras é uma das cidades do Ceará de traço social mais sólido. E a sua história política é uma das mais fascinantes do Estado.

        Capital do Vale do Salgado e porta de entrada para o Cariri, em seu solo cultivaram-se, à larga, o algodão e a rapadura, até meados do século precedente. E hoje ali se cultivam a memória do seu passado glorioso e o altíssimo abandono do seu patrimônio arquitetônico.

        O Município de Lavras perfez o seu segundo centenário, em 20 de maio de 2016: três anos, portanto, após o quarto jubileu de sua freguesia, criada a 30 de agosto de 1813.

         São muitos os tesouros do seu contributo cultural. É terra de artistas famosos, quais Sinhá d’Amora, Gilberto Milfont, Aury Porto, Vicente de Paroca, Bruno Pedrosa, Airan Filgueiras, Francisco Araújo e Nonato Luiz; e de escritores consagrados, oito deles na Academia Cearense de Letras.

        E mais: Lavras da Mangabeira é pátria de cinco senadores, quatro ministros de Estado, seis desembargadores, dezenove deputados estaduais ou federais, quarenta e sete sacerdotes, e de mulheres que se distinguiram em face de sua inteligência. 

          Fideralina Augusto Lima é a sua principal representação no plano mitológico e na política que se fez à margem dos partidos. A família Augusto é o traço social icônico da sua Genealogia. É a mais expressiva de todas as famílias do lugar e aquela que mais se distinguiu no plano estadual.

        Joaryvar Macedo é o historiador mais destacado da velha Atenas Cearense, segundo os louvores de Linhares Filho; ou ainda da Dublin Cearense, na expressão de Edmilson Caminha; e Rejane Augusto é a pesquisadora que tem por objeto o resgate das suas origens e evolução, no plano institucional e na seara de sua história religiosa.

        Mas o que importa destacar, no momento, é que esses dois escritores, no caso, Joaryvar Macedo e Rejane Augusto, agora estão unidos pela republicação de Os Augustos: ele, por ter divulgado, em 1971, a sua primeira edição, e ela, por ter reapresentado aos leitores a 2ª edição (Fortaleza: Editora ABC, 2009), sendo Rejane a encarnação da mulher lavrense que nunca deixou de pelejar.

         Com essa nova versão atualizada e revista de Os Augustos, Rejane assinala o coroamento dos seus projetos de pesquisa, que já montam a cinco, em volumes que estão de pé, honrando a tradição dos seus ancestrais, entre os quais se destacam muitos políticos de renome.

           Louva-se, pois, a Genealogia cearense com a reedição desse livro seminal, tecido com as linhas da história oral e ancestral e com a metodologia da pesquisa que se concretiza com a verificação dos registros mais antigos e originais.

         Rejane Augusto e Joaryvar Macedo estão completamente plenos nesse livro; e a família Augusto, de Lavras da Mangabeira, está de parabéns. É parceria, portanto, que deve perdurar, referência que são esses Augustos da nossa mais viva e vera tradição.


Um comentário:

  1. Juliana, escreva para o meu email (dimas.macedo@hotmail.com) que eu lhe darei o telefone e o email da Rejane Augusto

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